segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Cabelo em Ovo - Será o Fim da Banda Oasis?

Não há ícone maior no chamado britpop do que os rapazes de Manchester. O Oasis se destacou como uma das maiores bandas de todos os tempos não somente por sua música [que, diga-se de passagem, é de uma qualidade incrível], mas também pelos constantes conflitos entre os dois irmãos-líderes, Noel e Liam Gallagher. O comportamento hostil e por vezes até mesmo arrogante deu ainda mais status aos ingleses que se tornaram verdadeiros mitos do Rock'n'Roll mundial.

Dono de um sem número de sucessos, o grupo mostrou desde seu início sua força e competência para compor hits arrebatadores, o que os posicionou no mesmo hall de Beatles, Queen e Pink Floyd como maiores bandas de rock da Inglaterra. Seu álbum de estreia, "Definitely Maybe", lançado em 1994 conseguiu chegar ao posto de mais vendido no Reino Unido embalado pela excelente "Live Forever". Daí pra frente os ingleses só viram a fama aumentar alçando vôos cada vez mais altos e atingindo mais e mais fãs pelo mundo inteiro.

Mas como nem tudo são flores, o "ambiente" entre os Gallagher parece ter atingido o ápice da insustentabilidade e no dia 28 de agosto, Noel - responsável pela maioria dos sucessos do Oasis - anunciou seu desligamento do grupo mais uma vez por uma briga com seu irmão. "...não poderia trabalhar nem mais um dia com Liam" afirmou o ex-guitarrista do grupo que disse também que a discussão teria sido realmente violenta. A imprensa britânica acrescentou ainda que Liam teria inclusive quebrado uma das guitarras do colega de banda.

Com motivo justo ou não, a saída de Noel deixa uma geração de órfãos de suas canções.

Pedante? Sim. Gênio? Talvez. A verdade é que poucos fizeram pela música como esse sujeito. E se ele diz que já completou suas aventuras na música resta a nós resgatarmos o que ficou registrado de seus feitos.

Seguindo ou não adiante; com ou sem Noel, o Oasis já "vive para sempre".


segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ovo com Pipoca - Avatar: Uma Revolução Cinematográfica

Já é de costume que eu fique aflito diante da iminência de algo grandioso nas telonas. Mas no caso de Avatar a coisa é generalizada! Entusiastas do cinema do mundo todo aguardam ansiosos o dia 18 de dezembro - data da estreia mundial do filme.

Paralelamente à esse frisson em torno da mais nova obra de James Cameron há alguns que sequer ouviram falar de Avatar. Há até mesmo uma certa confusão com a adaptação para o cinema do desenho animado da Nickelodeon: o "The Last Airbender".

O filme de que estou falando vem com a "humilde" proposta de se tornar um marco na história cinematográfica. Jeffrey Katzenberg, chairman da Dreamworks Animation, foi um dos privilegiados que assistiu à uma prévia e chegou a afirmar que Avatar será uma revolução para o cinema 3D assim como O Mágico de Oz foi para o cinema em cores.

Pode parecer até exagero mas não é de se duvidar mesmo. Digo o porquê:
Cameron não lança nada novo desde 1997 quando deu ao público o épico Titanic, ganhador de 11 Oscar® e recordista de bilheteria. Mas não foi por falta de vontade ou criatividade não. A verdade é que o cineasta canadense estava acostumado a inovar em suas produções. Ficou famoso com seu excelente Exterminador do Futuro dando um show de efeitos especiais respaldado por uma boa história de um futuro pós-apocalíptico. Depois novamente chamou a atenção com o Aliens ganhando como melhor efeitos especiais e sonoros.
Ao terminar Titanic, lhe faltou algo que o tornasse realmente memorável. Nada como uma revolução para o imortalizar de uma vez por todos na história. Que tal colocar em prática uma ideia que ele tinha desde 1995 mas que os meios existentes ainda não permitiam sua produção?

Eis que ele então dedica 12 anos buscando tecnologias e condições ideais para criar o mundo que ele idealizou em sua mente. O resultado desse longo investimento é Pandora: um planeta com formas de vida incríveis, densa vegetação e a civilização dos Na´vi, uma raça humanóide mais primitiva que a nossa, mas muito mais sábia [nas palavras do próprio Cameron].

Pra aumentar a publicidade e o tom de mistério, pouquíssimo foi divulgado do enredo e as imagens oficiais mostravam quase nada do filme. Somente alguns desenhos conceituais e inclusive o teaser-trailer liberado chegou até a "desanimar" um pouco quem esperava mais do maior-filme-já-lançado.

Mas o que James e sua equipe fizeram foi audacioso: após exibirem no Comic-Con 15 minutos do filme apenas para um grupo fechado, o diretor anunciou o Avatar Day onde 300 salas no mundo inteiro mostraram os mesmos 15 minutos com a intenção de transmitir ao público todo o potencial da nova tecnologia 3D através das salas IMAX.
O executivo da Fox, Chris Aronson, afirma que Jim Cameron criou a experiência 3D mais imersiva já vista.
Além de toda tecnologia empregada ha ainda um bom elenco, claro. O filme tem no elenco nomes como o mais novo ator pop de Hollywood, Sam Worthington ("O Exterminador do Futuro: A Salvação"), a queridinha de James Cameron, Sigourney Weaver ("Aliens"), a latina-boa-de-briga Michelle Rodriguez ("Velozes e Furiosos 4" e "Lost"), e a promissora Zoe Saldana ("Star Trek").

Então, vejam sim o trailer [que apesar de considerar pouco impressionante comparado ao que se espera do filme, tornou-se o mais visto na história do site da Apple], mas apenas pra se ambientarem com a história.
Quanto à experiência mais imersiva já vista deixemos para o dia 18 de dezembro, quando, tenho certeza, presenciaremos a mais nova revolução na indústria do cinema.





quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Eu Ovo, Tu Ouves - Mozart foi o primeiro Rock-Star?

Eu queria estar na França. Por que? A verdade é que sou muito ansioso e no dia 22 de Setembro, no Palais des Sports, em Paris estreia uma Ópera-Rock incrível com base na vida de Mozart.

O espetáculo dirigido por Olivier Dahan, contará com cerca de 50 artistas no palco, incluindo atores, cantores, bailarinos e violinistas acompanhados de uma banda de rock.

Mozart, L'Opera Rock desperta interesse por focar um ponto de vista diferenciado de Wolfgang. A versão pomposa e aristocrática dos músicos do século XVIII dá lugar a um Mozart revolucionário de cabelos longos e revoltos.
Segundo os produtores do musical de 6 milhões de euros, o compositor tinha atitude e estilo de um rock star por não seguir as normas de sua época, ter sido o primeiro músico a se tornar independente além de ter morrido jovem [assim como muitos ídolos do rock].

Qualquer filme, peça ou musical envolvendo a vida de Mozart é mais do que justificado pois seu legado é irrepreensível. Autor de mais de 600 obras, referência no mundo todo como um dos maiores compositores da música clássica de todos os tempos e músico precoce começando a compor já aos 5 anos de idade tem uma história que merece ser contada de todas as formas.
Mas realmente, a ideia de uma Ópera-Rock cai como uma luva e me parece até apropriado dado o modo de vida do austríaco.

Depois da estreia o show deve excursionar pela França em 2010.

Enquanto eu não tenho possibilidade de ver in loco e não há previsões de uma apresentação por essas bandas eu vou me contentando com o filme de 1984, "Amadeus" que mostra um pouco dessa faceta libertina de Mozart. Narrativa muito legal onde, através de uma longa "confissão" de Antonio Salieri - também compositor que conviveu com Mozart - nos leva a fatos e momentos importantes e por que não divertidos da vida do vienense prodígio.


sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Que Chocante - Curtiu a Vida Adoidado e se foi...

Faleceu ontem, aos 59 anos, o diretor John Hughes, vítima de um ataque cardíaco.

O cineasta ficou famoso nos anos 80 pelo foco em filmes juvenis e era considerado um "filósofo da puberdade".

Dirigiu diversos clássicos-da-Sessão-da-Tarde como Curtindo a Vida Adoidado além de escrever o roteiro de Esqueceram de Mim.

Não foi nenhum gênio e inclusive caiu no ostracismo mas filmes como o dele estão no coração da minha geração e todos que tem hoje entre 20 e 25 anos curtiram com Ferris [Matthew Broderick] aquele dia alucinante fugindo da escola e dos pais com seu melhor amigo e a namorada e sabem como as tardes tediosas ficavam mais agradáveis com as histórias leves e divertidas contadas por ele.

Descanse em paz John.



quinta-feira, 6 de agosto de 2009

TV às Claras - Belas: as Feias

A ideia de "Bela, a Feia", nova novela da Record não é nada original. A fórmula, iniciada na Colômbia com Yo Soy Betty La Fea já foi adaptada em cerca de 20 países que fizeram suas próprias versões [como é o caso do também sucesso Ugly Betty].

O dia-a-dia da garota feia e cheia de sonhos dessa vez é interpretado por Gisele Itié. Obviamente a atriz passou por uma transformação tremenda.

Não vou entrar no mérito da atuação da moça porque sinceramente as pessoas tendem a agir como idiotas quando estão representando alguém feio. [¬¬]
Vou é relembrar outros exemplos de atrizes lindas que tiveram sua aparência modificada por conta de seus personagens.

Cameron Diaz em Quero Ser John Malkovich.

Salma Hayek em Frida.

Nicole Kidman em As Horas.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Ovo com Pipoca - Oldboy por Milo Ventimiglia

O Peter Petrelli de Heroes, protagonizou um projeto muito bacana chamado Cinemash. A parceria entre a Mean Magazine e o Zune tem a proposta de criar remakes de cenas famosas do cinema.

Milo Ventimiglia encarnou Oh Dae-su na clássica cena de luta do filme coreano Oldboy de 2003. O filme é excelente e tem um desfecho arrebatador e a encenação nova é, no mínimo, divertida.

Além de Oldboy, já foram refeitas cenas de Sid and Nancy [com Zoey Deschanell] e [que tem a participação da dupla TronCheech & Chong] e ainda são esperados outros curtas.

Confiram o resultado:


terça-feira, 4 de agosto de 2009

Cabelo em Ovo - Princesa da Pérsia

A romancista gráfica de 39 anos, Marjane Satrapi, era apenas uma criança quando a revolução islâmica derrubou o do Irã, em 1979. Bisneta do antigo rei da Pérsia, ela cresceu em uma família de esquerda, moderna e ocidentalizada e estudou numa escola francesa e laica. Com a chegada dos extremistas ao poder, a iraniana se viu, juntamente com outras meninas, obrigada a usar o véu na escola e estudar em classes separadas dos meninos. Durante a adolescência foi morar na Áustria, "exilada" pelos pais, para poder estudar francês. Foi da necessidade de contar aos seus amigos europeus a sua história que nasceu Pérsépolis: uma auto-biografia que nos insere no contexto histórico e político do Irã e nos aproxima dessa cultura tão diferente.

Esta fascinante graphic novel foi lançada na França em 2001, por uma pequena editora independente e em seguida tornou-se um fenômeno de crítica e público. Não demorou pra ter seus direitos de distribuição em vários países e posteriormente se tornou um longa de animação.

Acostumados à um regime de repressão os iranianos se viram novamente numa situação adversa com a fatídica eleição de 12 de junho de 2009. Mahmoud Ahmadinejad foi reeleito numa contagem de votos bastante controversa do mesmo modo que já havia ocorrido em 2005 - situação questionada pela imprensa e governos de diversos países.

Satrapi não se absteve mais uma vez de denunciar o que considera absurdo no governo de seu país e afirmou que mais do que fraudulenta, essa eleição teria sido um "golpe de estado". Afirma também que as provas de ilegalidade são inúmeras e que houve 13 milhões a mais de eleitores do que há 4 anos e que estes votaram declaradamente pela mudança. A artista e cineasta se valeu novamente do seu talento e reeditou seus quadrinhos para mostrar essa história.
A versão atualizada denominada "Persépolis 2.0", pode ser acessada online aqui e tem como propósito tentar dizer ao mundo o que aconteceu no Irã após as eleições que deram a vitória a Ahmadinejad, desde os indícios de fraude que marcaram o resultado do pleito até as ruas do país tomadas por protestos, prisões e mortes.

E pra quem ainda não conhecia, abaixo deixo o trailer da belíssima animação "Persépolis" de 2007, ganhadora do prêmio do juri no Festival de Cannes: