terça-feira, 29 de dezembro de 2009

TV às Claras - Há muito tempo atrás, numa ilha muito distante...

Olá pessoal. Aqui estou eu novamente depois de um longo "recesso". Dessa vez pra falar de dois assuntos que gosto demais: Guerra nas Estrelas e LOST.

Talvez alguns se surpreendam e pensem “mas que diabos uma coisa tem a ver coma outra?” mas acredito que a maioria já está bem consciente da forte ligação entre as duas obras.

Aproveitando que faltam poucos dias até o retorno de LOST resolvi colocar aqui um post especial que escrevi originalmente para o blog TEORIAS LOST do qual faço parte e serve como um guia para os que não conhecem tão bem a saga dos jedis e também como um memorial para aqueles que já são fãs. Veremos vários paralelos que existem entre as duas trilogias de Star Wars e o universo Lostiniano. É um post pra quem curte a série, admito, mas quem ainda não gosta, pode ser uma oportunidade de conhecer esse fenômeno da TV.

Primeiro gostaria de situar todos no contexto em que SW foi criado.
George Lucas era fascinado por mitologia, histórias bíblicas e contos de Samurai. No anseio de criar algo novo pensou “por que não mesclar isso tudo?”. Logo em seguida pensou “como fazer isso?”.

A solução veio com uma “galáxia muito distante há muito tempo atrás.” Considerando o tamanho do universo e sabendo que este está em constante expansão se tornou absolutamente plausível essa miscelânea cultural, social e filosófica.

A idéia era tão inovadora que foi recusada por vários estúdios antes de ser aceita pela 20th Century Fox. Essa inovação também foi outro problema para o estúdio: os recursos tecnológicos e efeitos especiais da época não eram suficientes pra realizar o que Lucas imaginara pra sua Opera Intergaláctica. Foi então que ele decidiu então contar a história partindo do que ele chamou de “quarto capítulo”.

A trilogia foi um sucesso estrondoso e até hoje repercute gerando rios e rios de dinheiro com merchandising, jogos, DVDs e todo tipo possível de mídia. O “Império” extrapolou os limites das telas de cinema. E é nesse ponto que SW entra em LOST.

J.J. Abrams e Damon Lindelof combinaram de se encontrar para discutir o seriado. J.J. usava uma camisa de Star Wars e a afinidade compatível e evidente se tornou o norte pra muitas das decisões que tomariam posteriormente. [informações do DVD da primeira temporada].

Mas o que exatamente as duas obras tem em comum?

Na verdade a estrutura criada pra LOST é a mesma que George Lucas usou tempos atrás: diversas referências externas.

Pra compor os personagens e a história, Lucas conta que leu mais de 50 livros com o tema “heroísmo”, textos de filósofos e afirmou que recorreu à bíblia várias vezes. Já cansamos de ver em LOST todas essas alusões.

O que faz esses trabalhos únicos é o fato de que tanto SW, quanto Lost - e cito também Tolkien [de Senhor dos Anéis] e até C.S. Lewis [de Crônicas de Nárnia] - criaram Universos Alternativos que sendo ou não fantasiosos são capazes de criar identificação com o público pois falam de temas recorrentes no nosso dia-a-dia de forma alegórica. Star Wars, por exemplo é ambientada em sistemas solares longínquos mas o enredo é profundamente humano e amplamente conectado com o “nosso” mundo real.

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Vamos nos ambientar com a história.

Guerra nas Estrelas parte de um pressuposto baseado na profecia de que um Escolhido surgiria pra trazer equilíbrio. Os seis filmes contam a trajetória desse escolhido mas se utilizando de um recurso muito comum em LOST: os Flashbacks. Começando pelo quarto episódio com o personagem já adulto e sendo o vilão da história fica realmente impossível imaginar que ele deveria ser o responsável por trazer a paz para a galáxia. Benjamim Linus, líder dos Outros, já foi um garoto inocente, mas ao ser chamado por Jacob faz o que é preciso para defender a Ilha acreditando que os conselhos de Jacob são os mais corretos – mesmo que isso leve à Purgação e morte de centenas. Assim também acontece com Anakin que se tornou Darth Vader sob a tutela de Darth Sidius. O Menino Ben se tornou o Manipulador Linus agindo de acordo com os conselhos de Jacob. Ben matou todos da Dharma e Anakin exterminou os Jedis.

O processo de “recrutamento” de Vader aconteceu ainda na infância. Foi levado por Qui-On Ji para ser treinado como um Jedi. Também Locke e Ben foram, ainda crianças, abordados por Alpert.

Anakin não teve pai. Foi concebido por uma forma microscópica de vida chamada Midi-clorian. Uma visível alusão à concepção virginal de Maria ao Cristo. Alusão essa que foi usada também pra se referir ao nascimento de John Locke quando este conversava com sua mãe dando respaldo ao fato de John ser “especial”.
E ser especial é o que diferencia as pessoas em SW.
A quantidade de midi-clorians no sangue possibilita maior ou menor controle da Força [poder maior regente do universo de guerra nas estrelas]. Também vemos em LOST, logo na primeira temporada, Locke “treinando” Walt, ensinando o garoto a usar a faca “de olhos fechados” apenas se concentrando.
Também é através de Locke e Walt que vemos maior intimidade com a Ilha e seus “poderes” assim como os jedis tem ligação com a Força.

Outro tema recorrente em ambos é a paternidade. Conflitos entre filhos e pais, orfandade e descoberta de um pai diferente do que se esperava.

E há também, ainda no âmbito familiar, os irmãos Jack e Claire que não sabem que o são. Os dois são filhos de Christian que, como sabemos, pode falar por Jacob. Luke Skywalker e Leia Organa eram irmãos sem saber e filhos de Darth Vader/Anakin Skywalker.
LOST diversas vezes põe em pauta a discussão maniteísta. Há mesmo um Bem e um Mal? Um lado Negro e outro Branco? Na série o jogo de gamão é uma ótima metáfora que separa os dois lados. No filme as vestes dos personagens se diferem em preto e branco pra contrastar essa dualidade. E é interessante pensar que tanto em LOST quanto em SW fica difícil ter certeza de quem são realmente os “good guys”. E também não importa o que já tenha feito de mal sempre há uma chance pra recomeçar. Vader acaba por salvar a todos no último episódio entregando a própria vida [como Locke] e assim trazendo o equilíbrio profetizado outrora.

Por falar em Mal, a tentação pro Lado Negro da Força é vista diversas vezes em LOST. Locke é tentado a ver o que “havia dentro da caixa” e ter poder e conhecimento, por exemplo [pra isso teria que "dar cabo" do papai.
E sendo o mal algo relativo nos 2 casos, o anti-herói, mesquinho e interesseiro, cai como uma luva. Sawyer e Han Solo tem personalidades parecidíssimas.

George Lucas se baseou em grandes conflitos políticos reais [Guerra Fria e Segunda Guerra Mundial] para criar o processo de dissolução da República vigente para Império comandado por Palpatine e Darth Vader . Estudou também ditadores clássicos como Hitler. Não preciso nem dizer o quanto isso se assemelha às disputas de poder na Ilha e as leis invioláveis seguidas pelos Outros.

Falar com mortos não é privilégio de Miles ou Hurley. Em Star Wars diversas vezes os personagens são “visitados” por aqueles que se foram pra receber um conselho ou aviso.
O destino é outra importante semelhança. John é o personagem em Lost que mais acredita nisso.
Yoda diz a Luke que ele só será um Jedi se enfrentar Darth Vader em batalha uma segunda vez [Luke já tinha lutado uma primeira vez e perdeu sua mão]. Luke se incomoda com a ideia de matar seu pai – Locke também não se mostra favorável a ser ele o assassino de Cooper – mas a aparição de Obi-Wan diz à Luke: “Você não pode fugir de seu destino.”
Locke também, mesmo relutante, encara seu destino e faz o que é preciso principalmente quando, sabendo que deveria morrer, gira o timão e sai da Ilha.

Há também referências mais explícitas como Jack pisando no brinquedo de Aaron que era a Millenium Falcom [nave de Han Solo] ou em textos e diálogos dos personagens em LOST. A maioria dos sobreviventes é fã da trilogia. =P

- Sawyer chama Hurley de “Jabba” - monstrengo extremamente gordo de SW.

- o mesmo Sawyer chama Jin algumas vezes de Chewie se referindo ao companheiro de Han Solo que não falava uma palavra a não ser grunhidos. O engraçado é que Solo parecia entender o que Chewbacca falava assim como os losties compreendiam [em parte] a comunicação “diferente” de Jin.

- Também chama Ben de Yoda, considerando que Linus detém muito conhecimento.

- Pra resgatarem Carl, Alex, Kate e Sawyer usam o mesmo truque que Luke, Solo e Chewie utilizam pra salvar a princesa Leia se fingindo de prisioneiros. Ao que James afirma ser “a velha piada do Wookie prisioneiro” [Wookie é a raça do Chewbacca].

- O modo como James Ford mata Anthony Cooper é idêntico ao modo que Leia mata Jabba, the Hutt.

- Hurley, fã mór da trilogia na série ao meu ver [hehe] é o que protagoniza mais momentos envolvendo SW. Não bastasse discutir rapidamente com Dave o fato de terem ou não explodido a Estrela da Morte [arma usada por Darth Vader capaz de explodir um planeta inteiro com um único disparo], e também considerar Jack quase um Jedi com o “papo tranqüilizante” com Shannon [pois os jedis costumavam se utilizar de uma voz mesmerizante pra convencer seus “alvos” daquilo que estavam dizendo] também resolveu escrever ele mesmo “O Império Contra-Ataca”, considerado pela maioria dos fãs [inclusive eu] o melhor filme da saga.


Terminando acredito que a fé dos personagens é a força-motriz das duas histórias. Mesmo quando ela lhe custa caro. [Luke perde a mão acreditando poder derrotar Vader antes do fim de seu treinamento e Boone morre por causa da fé cega de Locke na salvação através da Escotilha]. É a fé em algo que torna o sujeito comum em Herói.

É acreditar que o impossível, seja levitar uma nave ou voltar a andar, só é alcançado por aquele que crê. Nós não podemos “dizer o que eles não podem fazer.”


Espero que os que já conheciam a história tenham gostado das referências e aqueles que não conheciam tenham se interessado por essa obra tão importante para o cinema e diversos outros meios de entretenimento.



terça-feira, 13 de outubro de 2009

Ovo com Pipoca - Bastardos Inglórios: O melhor filme do Ano

Assistir a um filme do Tarantino é mergulhar num emaranhado envolvente composto de uma história bem escrita, belas cenas, atuações marcantes e acima de tudo inovação.
Bastardos Inglórios surge como, senão a melhor, a mais madura obra do cineasta.

Com dois arcos principais separados por capítulos a história conta como uma judia perde sua família num massacre nazista e escapa. Foragida na França ela passa a administrar um cinema, que se fará importante pois é nele onde tudo culminará. Enquanto isso, um tenente do Tenessee lidera um grupo anti-nazista formado por judeus-americanos e alemães desertores. Quando enfim surge a possibilidade de dar cabo da elite do 3º Reich de uma só vez esses 2 lados irão se juntar lutando pelo mesmo fim, ainda que sem saber.

Não é incomum ver em seus trabalhos as influências cinematográficas transbordando. Nesse caso, o próprio nome do filme foi tirado de uma produção italiana filmada em 1978.
Os personagens são um espetáculo à parte. Quentin é comprovadamente um amante dos clichês mas com eles os estereótipos são exibidos de maneira soberba e nos proporcionam diálogos que são verdadeiros embates verbais. Destaque para atuação irreprensível de Cristoph Waltz como o esperto e poliglota Coronel Hans Landa, e para o Tenente Aldo Rayne, o americano-sulista-típico interpretado de maneira fantástica por Brad Pitt.

Apesar da história se passar na França dominada pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, o clima western é bastante evidente principalmente pela utilização da trilha sonora clássica dos filmes de Bang-Bang Italianos de Ennio Morricone. Também a estética francesa ilustrada por Emanuelle Mimieux remete bastante aos filmes feitos na década de sessenta no país de Goddard e Truffaut.

Como não poderiam faltar, as cenas de violência explícita baseadas nos filmes trash, marca-registrada do diretor, são mais uma presença constante. Obviamente que nem todos são adeptos desse tipo de amostra mas quem se deixa levar pelo estilo tarantinesco de conceber cinema, nota que em meio aos judeus metralhados sem piedade, nazistas esmagados por um taco de beisebol ou suásticas talhadas na testa sem pudor há um estilo único que chega a ter beleza [como na cena da morte de Shosanna Dreyfus: tanto o figurino quanto o cenário e o sangue espalhado pelos tiros contra o corpo da judia davam forma e emoção necessárias ao momento].

Quentin Tarantino levou 10 anos para conceber o roteiro e fica claro que o tempo foi absolutamente válido. As duas pontas da história quando amarradas no final criam uma trama muito bem elaborada. Personagens reais como o Fürer em pessoa e seu propagandista Goebbels se misturam em meio aos personagens criados para o filme numa visão totalmente nova da 2ª Grande Guerra; sem trincheiras ou tanques e inclusive um resultado final diferente do que conhecemos com a vingança judia tomando forma e rosto.

Bastardos Inglórios é explosivo, tenso e com muita ação mas ao mesmo tempo é divertido e engraçado de um modo que só Tarantino é capaz de fazer.


terça-feira, 6 de outubro de 2009

Eu Ovo, Tu Ouves - Novidades de Foo Fighters e Thom Yorke

Ótimas novidades no mundo da música vem de dois dos maiores gênios do Rock atual: Dave Grohl e Thom Yorke.

O ex-baterista do Nirvana recentemente declarou que o Foo Fighters entraria de "férias". Chegou a afirmar que "essa era a hora certa" e que só voltariam quando as pessoas realmente sentissem a falta deles. A pausa é justa, afinal a banda nunca parou desde seu início em 1995.
Segundo Dave, esse hiato servirá para organizarem projetos próximos e que não devemos ter um novo disco tão cedo.
Mas pra que não fiquemos "órfãos" por completo o grupo lançará no dia 02 de novembro um álbum de Greatest Hits. A coletânea vai contar com sucessos que abrangem os 14 anos da carreira do grupo. Faixas como "Learn To Fly", "Best Of You" e "Times Like These" compõem o disco além de duas canções inéditas: "Word Forward" e "Wheels" que será o primeiro single e já tem clipe lançado. A direção do clipe é de Sam Brown [o mesmo responsável por "The Pretender"] e a música foi produzida pelo baterista do Garbage, Butch Vig [que trabalhou no disco histórico do Nirvana, "Nevermind"].




Já o líder do Radiohead estreou com uma nova banda. Mesmo sem um nome definido o grupo se apresentou em Los Angeles nessa sexta-feira [dia 02] num tom de "ensaio" - de acordo com as palavras do próprio Thom Yorke. Quem compareceu ao show viu um Thom bem humorado e brincando com o público. Entre os presentes estavam vários famosos como os membros do Daft Punk, Muse, Rage Against The Machine e Sonic Youth.
A formação da banda contava com o baixista do Red Hot Chilli Peppers, Flea, o baterista Joey Waronker [colaborador do REM] e com o multiinstrumentista brasileiro Marco Refosco.
No setlist, canções do álbum-solo-debute de Yorke - The Eraser - inéditas de seu novo EP e até um B-Side do Radiohead [Paperbag Writer] dedicada ao seu colega de banda.
Abaixo você confere a execução de "Feeling Pulled Apart by Horses".


segunda-feira, 21 de setembro de 2009

Ovo com Pipoca - A Força da Indústria Cinematográfica Tupiniquim

A maioria há de concordar comigo que o cinema brasileiro vive um ótimo momento. O que outrora era conhecido quase como um "gênero de filmes" - por ter pouca ou nenhuma diversificação - hoje se mostra mais apto a apostar mais alto.
Exemplo disso são as produções de ficção que vem surgindo no país. E não são produções ruins, importante destacar.
Mais do que apenas investir em outros temas e estilos, a indústria nacional vem se aperfeiçoando e agradando cada vez mais.

Há pouco tempo falei aqui sobre o longa "Besouro" que conta uma história brasileiríssima mas de um modo audacioso, com alto emprego de capital [pelo menos pros padrões daqui] e uma equipe forte [caso do coreógrafo Ang Lee de Matrix e Kill Bill].

Também se destacam diretores brasileiros "internacionalizados" como Walter Salles [Água Negra e Diários de Motocicleta] e claro, Fernando Meirelles [de Cidade de Deus, O Jardineiro Fiel e Ensaio Sobre a Cegueira].

E vale então mostrar aqui duas novas produções nacionais nas quais aposto:

• Área Q

O filme é uma ficção científica e conta a história de um repórter dos EUA, Thomas Matthews, que vem passando por diversos problemas pessoais; motivo que implica no seu afastamento. É então que Thomas se depara com uma mistério tremendo no Ceará: uma série de aparições de OVNIs, curas milagrosas e abduções.

Na ânsia de descobrir mais sobre essa história o repórter vem ao Brasil. Enquanto tenta descobrir se tudo não passa de uma paranoia coletiva o cético repórter em contato com essa realidade vai encarar a vida de uma forma totalmente nova.

No elenco de Área Q figuram os globais Murilo Rosa e Tânia Kalil. Mas a expectativa maior recai sobre o protagonista Isaiah Washington, o Dr. Burke de Grey's Anatomy, que é um ator fabuloso. Na direção estão Gerson Sanginitto e Halder Gomes. A dupla já produziu, inclusive, um filme para Hollywood: o Cadáveres 2.

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•Lutas - o Filme


Produzido pela Buriti Filmes, "Lutas" é um longa de animação que faz uma mescla entre fantasia e episódios históricos do Brasil.
A narrativa acompanha um homem que vive há 600 anos e suas experiências infindáveis incluindo guerras, histórias de amor e sofrimento.
Num Rio de Janeiro imerso em violentos confrontos político-estudantis entre a polícia e jovens este homem vai reencontrar sua grande paixão agora no corpo de outra mulher.

Além da dublagem de Selton Mello e Camila Pitanga, assina como diretor e roteirista o excelente Luiz Bolognesi de Bicho de Sete Cabeças.
No trailer já dá pra conferir a qualidade dessa animação e esperar algo bacana.

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Se Liga na Piada - Zé Mayer Facts

No mundo todo, se destacam atores que, já na terceira idade, ainda arrebatam corações de mulheres de todas as faixas etárias. Richard Gere é um exemplo na "categoria" de sessentões-pegadores.

Aqui a [eterna] bola-da-vez no quesito é o bom e velho José Mayer Drummond, o Zé Mayer. O ator, que completa 60 anos em outubro, continua carregando consigo o status de maior galã de novelas no Brasil.

Para o escritor e autor Manoel Carlos ele é o preferido para o papel de garanhão, e é tão fixo em seu posto quanto qualquer Helena que Maneco já tenha escolhido.
Sorrisinhos maliciosos e piscadinhas sedutoras: é o que mais uma vez José poderá compartilhar com os expectadores em seu repetitivo novo personagem.

Mas Zé Mayer foi mais longe que os demais galãs mundiais. Mais do que Richard Gere, ele foi alçado ao cargo de Chuck-Norris-brasileiro e ganhou seu próprio Zé Mayer Facts.

Dentre várias piadas sem graça se destacam algumas ótimas nas lista que só aumenta, tanto no twitter quanto num site criado para divulgar esses "fatos".

O global, que tem idade pra ser avô de seus pares românticos, é o Jack Bauer do Sexo.
Anita que se cuide pois ele está de volta.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

TV às Claras - O que esperar de Flash Forward

O seriado-fenômeno LOST estreia sua temporada derradeira no ano que vem e sua emissora, a ABC, obviamente está procurando um "substituto" à altura.
A grande aposta, não só do canal, mas também de grande parte da audiência é que Flash Forward seja a ocupante deste posto.

E como não podia deixar de ser, a série vem com uma premissa recheada de mistérios, um grande elenco e uma enorme especulação em torno dela.

Na história, todos os habitantes da Terra são acometidos por uma espécie de black out mental e durante exatos 2 minutos e 17 segundos ficam inconscientes. É então que enquanto estão "apagados" algo extremamente inesperado acontece: todos veem durante este período, flashes do seu futuro [daí o nome]. E como o que muitos contemplaram não foi lá muito agradável o que vem em seguida ao despertar é o desespero e o caos.

Nesse contexto é que o agente do FBI, Mark Benford interpretado pelo ótimo Joseph Fiennes [Shakespeare in Love] começa a investigar o que pode ter causado esse apagão e qual a ligação entre as visões. Isso tudo impulsionado pelas cenas que ele viu de si mesmo onde se vê separado da mulher, perseguido e com seu parceiro assassinado.

O elenco conta ainda com Sonya Walger [a Penny de LOST], John Cho [do novo Star Trek] e Jack Davenport [Piratas do Caribe].

Deixo aqui um sneak peek de 2 minutos e 17 segundos [=P] dilvugado recentemente que aumentou ainda mais meu interesse.
Sendo ou não a subtituta de LOST acho que Flash Forward tem tudo pra ser mais uma grande série. E você, o que acha?




segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Cabelo em Ovo - Será o Fim da Banda Oasis?

Não há ícone maior no chamado britpop do que os rapazes de Manchester. O Oasis se destacou como uma das maiores bandas de todos os tempos não somente por sua música [que, diga-se de passagem, é de uma qualidade incrível], mas também pelos constantes conflitos entre os dois irmãos-líderes, Noel e Liam Gallagher. O comportamento hostil e por vezes até mesmo arrogante deu ainda mais status aos ingleses que se tornaram verdadeiros mitos do Rock'n'Roll mundial.

Dono de um sem número de sucessos, o grupo mostrou desde seu início sua força e competência para compor hits arrebatadores, o que os posicionou no mesmo hall de Beatles, Queen e Pink Floyd como maiores bandas de rock da Inglaterra. Seu álbum de estreia, "Definitely Maybe", lançado em 1994 conseguiu chegar ao posto de mais vendido no Reino Unido embalado pela excelente "Live Forever". Daí pra frente os ingleses só viram a fama aumentar alçando vôos cada vez mais altos e atingindo mais e mais fãs pelo mundo inteiro.

Mas como nem tudo são flores, o "ambiente" entre os Gallagher parece ter atingido o ápice da insustentabilidade e no dia 28 de agosto, Noel - responsável pela maioria dos sucessos do Oasis - anunciou seu desligamento do grupo mais uma vez por uma briga com seu irmão. "...não poderia trabalhar nem mais um dia com Liam" afirmou o ex-guitarrista do grupo que disse também que a discussão teria sido realmente violenta. A imprensa britânica acrescentou ainda que Liam teria inclusive quebrado uma das guitarras do colega de banda.

Com motivo justo ou não, a saída de Noel deixa uma geração de órfãos de suas canções.

Pedante? Sim. Gênio? Talvez. A verdade é que poucos fizeram pela música como esse sujeito. E se ele diz que já completou suas aventuras na música resta a nós resgatarmos o que ficou registrado de seus feitos.

Seguindo ou não adiante; com ou sem Noel, o Oasis já "vive para sempre".


segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Ovo com Pipoca - Avatar: Uma Revolução Cinematográfica

Já é de costume que eu fique aflito diante da iminência de algo grandioso nas telonas. Mas no caso de Avatar a coisa é generalizada! Entusiastas do cinema do mundo todo aguardam ansiosos o dia 18 de dezembro - data da estreia mundial do filme.

Paralelamente à esse frisson em torno da mais nova obra de James Cameron há alguns que sequer ouviram falar de Avatar. Há até mesmo uma certa confusão com a adaptação para o cinema do desenho animado da Nickelodeon: o "The Last Airbender".

O filme de que estou falando vem com a "humilde" proposta de se tornar um marco na história cinematográfica. Jeffrey Katzenberg, chairman da Dreamworks Animation, foi um dos privilegiados que assistiu à uma prévia e chegou a afirmar que Avatar será uma revolução para o cinema 3D assim como O Mágico de Oz foi para o cinema em cores.

Pode parecer até exagero mas não é de se duvidar mesmo. Digo o porquê:
Cameron não lança nada novo desde 1997 quando deu ao público o épico Titanic, ganhador de 11 Oscar® e recordista de bilheteria. Mas não foi por falta de vontade ou criatividade não. A verdade é que o cineasta canadense estava acostumado a inovar em suas produções. Ficou famoso com seu excelente Exterminador do Futuro dando um show de efeitos especiais respaldado por uma boa história de um futuro pós-apocalíptico. Depois novamente chamou a atenção com o Aliens ganhando como melhor efeitos especiais e sonoros.
Ao terminar Titanic, lhe faltou algo que o tornasse realmente memorável. Nada como uma revolução para o imortalizar de uma vez por todos na história. Que tal colocar em prática uma ideia que ele tinha desde 1995 mas que os meios existentes ainda não permitiam sua produção?

Eis que ele então dedica 12 anos buscando tecnologias e condições ideais para criar o mundo que ele idealizou em sua mente. O resultado desse longo investimento é Pandora: um planeta com formas de vida incríveis, densa vegetação e a civilização dos Na´vi, uma raça humanóide mais primitiva que a nossa, mas muito mais sábia [nas palavras do próprio Cameron].

Pra aumentar a publicidade e o tom de mistério, pouquíssimo foi divulgado do enredo e as imagens oficiais mostravam quase nada do filme. Somente alguns desenhos conceituais e inclusive o teaser-trailer liberado chegou até a "desanimar" um pouco quem esperava mais do maior-filme-já-lançado.

Mas o que James e sua equipe fizeram foi audacioso: após exibirem no Comic-Con 15 minutos do filme apenas para um grupo fechado, o diretor anunciou o Avatar Day onde 300 salas no mundo inteiro mostraram os mesmos 15 minutos com a intenção de transmitir ao público todo o potencial da nova tecnologia 3D através das salas IMAX.
O executivo da Fox, Chris Aronson, afirma que Jim Cameron criou a experiência 3D mais imersiva já vista.
Além de toda tecnologia empregada ha ainda um bom elenco, claro. O filme tem no elenco nomes como o mais novo ator pop de Hollywood, Sam Worthington ("O Exterminador do Futuro: A Salvação"), a queridinha de James Cameron, Sigourney Weaver ("Aliens"), a latina-boa-de-briga Michelle Rodriguez ("Velozes e Furiosos 4" e "Lost"), e a promissora Zoe Saldana ("Star Trek").

Então, vejam sim o trailer [que apesar de considerar pouco impressionante comparado ao que se espera do filme, tornou-se o mais visto na história do site da Apple], mas apenas pra se ambientarem com a história.
Quanto à experiência mais imersiva já vista deixemos para o dia 18 de dezembro, quando, tenho certeza, presenciaremos a mais nova revolução na indústria do cinema.





quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Eu Ovo, Tu Ouves - Mozart foi o primeiro Rock-Star?

Eu queria estar na França. Por que? A verdade é que sou muito ansioso e no dia 22 de Setembro, no Palais des Sports, em Paris estreia uma Ópera-Rock incrível com base na vida de Mozart.

O espetáculo dirigido por Olivier Dahan, contará com cerca de 50 artistas no palco, incluindo atores, cantores, bailarinos e violinistas acompanhados de uma banda de rock.

Mozart, L'Opera Rock desperta interesse por focar um ponto de vista diferenciado de Wolfgang. A versão pomposa e aristocrática dos músicos do século XVIII dá lugar a um Mozart revolucionário de cabelos longos e revoltos.
Segundo os produtores do musical de 6 milhões de euros, o compositor tinha atitude e estilo de um rock star por não seguir as normas de sua época, ter sido o primeiro músico a se tornar independente além de ter morrido jovem [assim como muitos ídolos do rock].

Qualquer filme, peça ou musical envolvendo a vida de Mozart é mais do que justificado pois seu legado é irrepreensível. Autor de mais de 600 obras, referência no mundo todo como um dos maiores compositores da música clássica de todos os tempos e músico precoce começando a compor já aos 5 anos de idade tem uma história que merece ser contada de todas as formas.
Mas realmente, a ideia de uma Ópera-Rock cai como uma luva e me parece até apropriado dado o modo de vida do austríaco.

Depois da estreia o show deve excursionar pela França em 2010.

Enquanto eu não tenho possibilidade de ver in loco e não há previsões de uma apresentação por essas bandas eu vou me contentando com o filme de 1984, "Amadeus" que mostra um pouco dessa faceta libertina de Mozart. Narrativa muito legal onde, através de uma longa "confissão" de Antonio Salieri - também compositor que conviveu com Mozart - nos leva a fatos e momentos importantes e por que não divertidos da vida do vienense prodígio.


sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Que Chocante - Curtiu a Vida Adoidado e se foi...

Faleceu ontem, aos 59 anos, o diretor John Hughes, vítima de um ataque cardíaco.

O cineasta ficou famoso nos anos 80 pelo foco em filmes juvenis e era considerado um "filósofo da puberdade".

Dirigiu diversos clássicos-da-Sessão-da-Tarde como Curtindo a Vida Adoidado além de escrever o roteiro de Esqueceram de Mim.

Não foi nenhum gênio e inclusive caiu no ostracismo mas filmes como o dele estão no coração da minha geração e todos que tem hoje entre 20 e 25 anos curtiram com Ferris [Matthew Broderick] aquele dia alucinante fugindo da escola e dos pais com seu melhor amigo e a namorada e sabem como as tardes tediosas ficavam mais agradáveis com as histórias leves e divertidas contadas por ele.

Descanse em paz John.



quinta-feira, 6 de agosto de 2009

TV às Claras - Belas: as Feias

A ideia de "Bela, a Feia", nova novela da Record não é nada original. A fórmula, iniciada na Colômbia com Yo Soy Betty La Fea já foi adaptada em cerca de 20 países que fizeram suas próprias versões [como é o caso do também sucesso Ugly Betty].

O dia-a-dia da garota feia e cheia de sonhos dessa vez é interpretado por Gisele Itié. Obviamente a atriz passou por uma transformação tremenda.

Não vou entrar no mérito da atuação da moça porque sinceramente as pessoas tendem a agir como idiotas quando estão representando alguém feio. [¬¬]
Vou é relembrar outros exemplos de atrizes lindas que tiveram sua aparência modificada por conta de seus personagens.

Cameron Diaz em Quero Ser John Malkovich.

Salma Hayek em Frida.

Nicole Kidman em As Horas.

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Ovo com Pipoca - Oldboy por Milo Ventimiglia

O Peter Petrelli de Heroes, protagonizou um projeto muito bacana chamado Cinemash. A parceria entre a Mean Magazine e o Zune tem a proposta de criar remakes de cenas famosas do cinema.

Milo Ventimiglia encarnou Oh Dae-su na clássica cena de luta do filme coreano Oldboy de 2003. O filme é excelente e tem um desfecho arrebatador e a encenação nova é, no mínimo, divertida.

Além de Oldboy, já foram refeitas cenas de Sid and Nancy [com Zoey Deschanell] e [que tem a participação da dupla TronCheech & Chong] e ainda são esperados outros curtas.

Confiram o resultado:


terça-feira, 4 de agosto de 2009

Cabelo em Ovo - Princesa da Pérsia

A romancista gráfica de 39 anos, Marjane Satrapi, era apenas uma criança quando a revolução islâmica derrubou o do Irã, em 1979. Bisneta do antigo rei da Pérsia, ela cresceu em uma família de esquerda, moderna e ocidentalizada e estudou numa escola francesa e laica. Com a chegada dos extremistas ao poder, a iraniana se viu, juntamente com outras meninas, obrigada a usar o véu na escola e estudar em classes separadas dos meninos. Durante a adolescência foi morar na Áustria, "exilada" pelos pais, para poder estudar francês. Foi da necessidade de contar aos seus amigos europeus a sua história que nasceu Pérsépolis: uma auto-biografia que nos insere no contexto histórico e político do Irã e nos aproxima dessa cultura tão diferente.

Esta fascinante graphic novel foi lançada na França em 2001, por uma pequena editora independente e em seguida tornou-se um fenômeno de crítica e público. Não demorou pra ter seus direitos de distribuição em vários países e posteriormente se tornou um longa de animação.

Acostumados à um regime de repressão os iranianos se viram novamente numa situação adversa com a fatídica eleição de 12 de junho de 2009. Mahmoud Ahmadinejad foi reeleito numa contagem de votos bastante controversa do mesmo modo que já havia ocorrido em 2005 - situação questionada pela imprensa e governos de diversos países.

Satrapi não se absteve mais uma vez de denunciar o que considera absurdo no governo de seu país e afirmou que mais do que fraudulenta, essa eleição teria sido um "golpe de estado". Afirma também que as provas de ilegalidade são inúmeras e que houve 13 milhões a mais de eleitores do que há 4 anos e que estes votaram declaradamente pela mudança. A artista e cineasta se valeu novamente do seu talento e reeditou seus quadrinhos para mostrar essa história.
A versão atualizada denominada "Persépolis 2.0", pode ser acessada online aqui e tem como propósito tentar dizer ao mundo o que aconteceu no Irã após as eleições que deram a vitória a Ahmadinejad, desde os indícios de fraude que marcaram o resultado do pleito até as ruas do país tomadas por protestos, prisões e mortes.

E pra quem ainda não conhecia, abaixo deixo o trailer da belíssima animação "Persépolis" de 2007, ganhadora do prêmio do juri no Festival de Cannes:


quinta-feira, 30 de julho de 2009

Ovo com Pipoca - Besouro Mangangá nas Telonas

Ontem, o Ibere Borgês do Popmata me falou de um filme 100% brasileiro que estrearia em breve sobre um capoeirista e que teria ares de superprodução com movimentos a la Matrix etc.
Não que eu seja cético, mas quis comprovar por mim mesmo do que se tratava. Até porque não é sempre que se vê algo de qualidade no que diz respeito à "cenas de ação" no Brasil.

Fui atrás de informações e o que descobri me deixou positivamente surpreso.
Com um orçamento de 10 milhões de reais a produção que tem direção do novato João Daniel Tikhomiroff vem com tudo pra causar ótima impressão nos expectadores.

O diretor do longa é iniciante no cinema mas já foi premiado diversas vezes, inclusive internacionalmente, com seus filmes publicitários e curtas.

Besouro, conta a história do capoeirista Manuel Henrique. Famoso, principalmente entre os adeptos da luta, Besouro Mangangá [como era conhecido] viveu em Santo Amaro, Bahia, no final do século XIX e tem seus feitos lendários entoados em canções da capoeira até hoje. Músicas que falam sobre sua quase-invulnerabilidade [não poder ser atingido por balas ou punhais e combates épicos contra a polícia].

E não pense que o filme será uma reedição de Esporte Sangrento. Pra dar mais credibilidade e visual atual às lutas foi chamado Huen Chiu Ku, diretor responsável pelas coreografias de Kill Bill e O Tigre e o Dragão.

A aposta da Globo Filmes foi filmada no Recôncavo baiano e tem trilha sonora de Gilberto Gil.

Repleto de "vôos mortais", "saltos incríveis" e "cambalhotas sobrenaturais" o "Escolhido Brasileiro" tem seu dom respaldado pela cultura negra e o Candomblé.

Com estreia marcada para o dia 30 de outubro, Besouro deixa uma expectativa enorme.
Confiram o trailer.


Eu Ovo, Tu Ouves - Coldplay com a "Cara Amarela"

Depois do lançamento do fabuloso clipe de Strawberry Swing [faixa do 4º álbum da banda chamado "Viva La Vida"] feito todo em stop motion - onde Chris Martin é o protagonista e heroi - o Coldplay vai novamente *estrelar* uma animação.

Dessa vez o grupo inglês fará parte de um episódio de Simpsons.
Acostumada a contar com a "participação" de artistas em seus capítulos, a série já mostrou versões animadas de bandas como Aerosmith, Red Hot Chilli Peppers, Michael Jackson, U2, entre outras.

O produtor executivo do seriado deu uma entrevista ao site Entertainment Weekly's e contou um pouco de como será a aparição dos britânicos.
Al Jean conta que Homer ganhará na loteria e então vai contratar a banda para um show privado com direito a interrupção e pausa para Bart poder ir ao banheiro.

Enquanto essa participação não acontece a gente fica com este que é um dos clipes mais bonitos e bem feitos dos últimos anos.